Minha infância muito pobre não comportou livros, mas muitas histórias contadas por meus avós, meu pai, minha mãe e outras que eu mesma vivi. Quando começava um temporal, minha mãe desligava tudo, cobria os metais e ela, eu e meu irmão ficávamos um perto do outro, ouvindo histórias de terror. Eram momentos únicos, especiais.
O meu segundo emprego foi em uma escola chamada "Anne Frank", onde havia uma biblioteca, doada pelo Clube Hebraica São Paulo. Tinha acesso livre e me assustava com os livros que falavam sobre o Holocausto. Escolhi um livro chamado "Pollyanna Menina" escrito por Eleonor H. Porter que fala sobre o jogo do contente. Certamente, este livro foi ao encontro do que eu precisava, devorei-o rapidamente e ele me deixou um ensinamento muito importante de que há sempre alguma coisa capaz de nos deixar alegres, a questão é descobri-la.
Paulina Batista
Nenhum comentário:
Postar um comentário